Há espaço suficiente tanto para voos de ponte aérea com Congonhas (SP) e Santos Dumont (RJ) como voos regionais para o interior.
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Foto: Felipe Viana em 2004, ASAGOL
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Tal solução implantada pela ANAC obriga a administração do aeroporto, atualmente a CCR Aeroportos, a emitir semestralmente o documento de declaração de capacidade aeroportuária, apontando a infraestrutura disponível para atendimento horário tanto em números de voos como em quantidade de passageiros. Assim, o operador declara atualmente a capacidade de pista para até 25 voos por hora, enquanto o terminal de passageiros se limita a capacidade de 300 embarques e 360 desembarques por hora, sobre o que a coordenação de slots impedirá ultrapassagem dos limites operacionais, hora a hora.
Como se extrai da declaração de capacidade, em Pampulha, o fator limitador de capacidade é número de passageiros que o terminal pode processar. Então, com base na capacidade de embarques e desembarques, o aeroporto de Belo Horizonte pode atender a 2 voos partindo e a dois 2 chegando por hora, considerando as aeronaves do código de referência permitidas para o aeroporto. Tendo em vista a limitação por número de passageiros, 1 slot equivalente ao código de referência abarcaria dois voos quando em aeronave de menor porte, as que principalmente operam linhas regionais.
Tomando como modelo o modus operandi dos aeroportos centrais vizinhos (Congonhas e Santos Dumont), cujas operações se concentram principalmente entre 6h da manhã e as 22h, tem-se a margem de 16 horas diárias de operações. Como constatado antes, tendo 2 slots por hora, Pampulha chega a capacidade total de 32 SLOTs equivalentes por dia. Lembrando que voos regionais em aviões de capacidade menor que 100 passageiros ocupariam 0,5 slot equivalente ao modelo de referência do aeroporto, que é 4C.
Então, a quantidade de voos que Pampulha é capaz de receber vai variar conforme a combinação entre voos em aviões menores (regional) e aviões a jato (ponte-aérea). Assim, é mister rememorar alguns dados em que no auge das operações em aviões turbo-hélices na Pampulha, em 2012 e 2013, o movimento máximo foi de 23 pares de voos diários em média; outra constatação importante é que o número médio de ocupantes no primeiro semestre de 2023 nas ligações de Confins com Congonhas (SP) e de Confins com Santos Dumont (RJ), operadas somente em jatos, foi de aproximadamente 110 passageiros por voo.
Com base nessas premissas e estatísticas então levantadas, por meio do mecanismo de consulta de indicadores de oferta e demanda da ANAC, é possível esboçar cenários em que cujos arranjos dos tipos de aeronaves definirão o número de voos que Pampulha pode atender com respeito aos 32 slots equivalentes. Assim, a tabela a seguir indica as variações conforme o cenário operacional, desde apenas os 32 pares de voos relativos aos 32 slots equivalentes, até o número de 48 pares de voos diários, considerando maior participação dos voos regionais em aviões menores. Importante notar que a variação da combinação de porte de aeronaves, que faz variar o número de voos, não altera o número total de passageiros. Outro detalhe a ser considerado é que, mesmo no auge a operação dos voos regionais com os aviões turboélices em 2013 e 2014, Pampulha nunca alcançou a marca de 1 milhão de passageiros transportados no ano.
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